Metade da classe D e E acessa a internet, por wi-fi, diz pesquisa

 Metade da população brasileira da classe D e E (48%) acessa a internet, de acordo a pesquisa TIC Domicílios, divulgada nesta quarta-feira (28) pelo CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil).

O indicador foi de 30% em 2015 para 48% no ano passado. Outro índice mostra que o acesso é maior, de 56%. Ele leva em conta resposta de entrevistados da classe D e E que não consideraram o uso de aplicações como WhatsApp e Facebook, que exigem conexão, como acesso à internet.

Os pesquisadores precisaram incluir essa categoria na metodologia do estudo diante do aumento no uso desses aplicativos. Em outras pesquisas internacionais, considera-se usuário de internet quem acessou a rede nos últimos três meses.

“As atividades de comunicação são as que têm a menor distância [no uso de internet] entre as classes, mas em todas as outras atividades, a distância aumenta. O fato de a classe DE usar a internet não significa que explora o potencial na internet, que está incluída socialmente”, diz o pesquisador Winston Oyadomar.

Um ponto de destaque para o aumento do acesso dessa população é o crescimento induzido pela conexão aberta, que responde pela conexão de 29%. A oferta de wi-fi nos setores público e privado, que não exige gasto com pacote de dados, foi fundamental para esse aumento.

Na classe D e E, 85% dos usuários acessam a rede exclusivamente pelo celular, 2% apenas pelo computador e 13% pelo aparelho móvel e pelo computador.

Levando em conta todas as classes, a pesquisa mostra que 70% dos brasileiros usaram a internet nos três meses que antecederam o estudo: 126,9 milhões de pessoas.

Nos últimos três anos, houve uma inversão na proporção dos que se conectam via cabo ou fibra óptica e os que acessam a rede via linha telefônica (DSL). Em 2018, 10% dos domicílios conectados utilizaram a rede via DSL –em 2015, 26%. Já o acesso via cabo ou fibra óptica passou de 24% (2015) para 39% (2018).

Na área urbana, o crescimento do uso de cabo e fibra óptica nos domicílios foi de sete pontos percentuais, de 34% (2017) para 41% (2018).

Segundo a TIC Domicílios, um terço (32%) dos brasileiros que são usuários de internet pediu táxis ou motoristas em aplicativos, o que representa 40,8 milhões de pessoas; 28% pagaram por serviços de filmes ou séries online, 12% fizeram pedidos de refeições em sites ou aplicativos e 8% pagaram por serviços de música.

 

 

 

fonte Gaúcha/ZH