Alunos com deficiência visual da Rede Municipal de Cachoeira terão atendimento especializado

A partir da próxima semana, os alunos com deficiência visual da rede municipal de ensino de Cachoeira do Sul terão atendimento especializado. O projeto “Olhar: abrindo caminhos, (re) significando saberes” foi lançado nesta sexta-feira (14), quando foi apresentado aos pais de alguns dos alunos que serão atendidos. A Smed já tem cinco alunos que devem participar dos encontros, que inicialmente serão semanais e com uma hora de duração.

 

O atendimento será ministrado pela professora Cleusa da Silva Santos, pedagoga com especialização em Educação Especial e capacitação em deficiência visual pelo Instituto Benjamim Constant, do Rio de Janeiro, referência nacional na capacitação na educação de cegos. Cleusa é professora na Escola Municipal Taufik Germano e é lá que acontecerão os encontros. A Secretária Municipal de Educação, Angela Schumacher Schuh, explica ainda que o deslocamento dos alunos até a Escola Taufik será feito com veículo da Smed.

 

A ideia é de que o projeto seja um embrião para que, futuramente, Cachoeira do Sul tenha um Centro de Atendimento para pessoas com deficiência visual. “Vivemos um momento histórico. É o primeiro passo para implantarmos um Centro de Atendimento que será muito importante para a comunidade”, frisa a Secretária Municipal de Educação, Angela Schumacher Schuh.

 

Ela destaca que a Escola Taufik é preparada para receber estes estudantes, com uma sala equipada física e pedagogicamente para atender as necessidades de cada um. Atualmente, a professora Cleusa já atende na sala de recurso multifuncional um aluno da escola que possui deficiência visual. Os outros serão da EMEF Baltazar de Bem, EMEF Getúlio Vargas, EMEF Maria Pacicco de Freitas e EMEI Apcrim. Eles têm idade que variam de 5 a 17 anos.

 

 

Formação para mais professores

 

Além do atendimento especializado aos estudantes, Cleusa ainda fará formação com os professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e com os professores de cada um dos alunos que serão atendidos pelo projeto. “Não basta para o aluno ter apenas este atendimento uma vez na semana. É um trabalho em conjunto, onde todos devem estar em sintonia para que os alunos possam, de fato, se desenvolver”, observa Cleusa.

 

Ela explica que durante o atendimento, que será feito de forma individualizada, os alunos terão atividades de estimulação tátil, sensorial e auditiva, noções pré-braile e noções espaciais de orientação e mobilidade. Os pais também receberão atendimento. Assim como os professores, eles também precisam ter informações sobre como lidar com esta criança ou adolescente. A importância da audiodescrição será um dos temas abordados.

 

Importante

 

A Smed possui um setor de inclusão escolar, coordenado pela professora Daiane Amaral, que está acompanhando o andamento do novo projeto. “Sabemos que este projeto demonstrará seus resultados ao longo do tempo, mas ele é fundamental para garantir a autonomia desses estudantes”, justifica Daiane.