FETAG diz em nota que reforma da previdência é “cruel” com trabalhadoras rurais

A direção da FETAG entende que a proposta de reforma da Previdência Social apresentada pelo governo federal ao Congresso Nacional é um verdadeiro afronte e uma grande discriminação, em especial à trabalhadora rural. Se aprovada, a mulher trabalhadora rural que hoje se aposenta aos 55 anos de idade passará para 60 anos, o que a deixa com a mesma idade do que os homens para ter acesso ao benefício previdenciário da aposentadoria.

A discriminação ocorre, justamente, no início do mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, descaracterizando todo o trabalho das mulheres no meio rural, a qual enfrenta uma dupla jornada  – em casa e na roça -, numa atividade insalubre, sem direito a férias, 13° salário, enfim, 365 dias ao ano na produção de alimentos.

Além disso, o trabalho rural faz com que a partir dos 50 anos de idade a condição laboral fica reduzida, justamente pelo excesso de atividade ao longo de uma vida inteira. E mesmo com todas essas dificuldades, é necessário a continuidade do trabalho. E com a reforma previdenciária proposta serão necessários ainda mais cinco anos.

Esse é o diferencial que o governo precisa enxergar e entender que não tem como equiparar a idade de homens e mulheres do meio rural e é por isso que acreditamos na importância de manter a diferença hoje existente.